Médicos reconheceram erro. Doença poderia ter sido diagnosticada com antecedência.
O resultado de um inquérito para investigar a morte de Jeannine Harvey, de 33 anos, concluiu que a mulher morreu de câncer de cólo do útero, depois dos médicos terem errado por trinta vezes o diagnóstico da doença. De acordo com o médico legista do escritório Birmingham e Solihull, repetidos fracassos foram cometidos pela equipe médica na tentativa de reconhecer , diagnosticar e tratar a paciente.
Jeannine morreu em 2012. No estágio final da doença, ela não consegui sair da cama por causa das dores. Os médicos chegaram a investigar uma crise de ansiedade, ‘problema nos nervos’, rompimento de um ligamento, entre outras causas incompatíveis com o câncer. A mulher, mãe de quatro crianças, morreu oito meses após um exame de sangue indicar que havia algo de errado. Outro resultado chegou a apontar para câncer, mas os médicos ignoraram os resultados.
“Tudo o que queria era alguém para nos dizer como foi possível para médicos profissionais perder tantas oportunidades em diagnosticar corretamente e tratar a nossa irmã, cujo sofrimento e morte eram totalmente evitaveis”, desabafou Marie Donovan, irmã de Jeannine, após a divulgação do inquérito.
A família de Jeannine criou uma campanha na internet para mobilizar a sociedade e cobrar uma resposta das autoridades. Com o resultado do inquérito, elas esperam obter respostas mais concretas sobre o caso.
“Este é um dos casos mais trágicos e angustiantes que eu vi. Tem implicações para o diagnóstico e tratamento oportuno de câncer em uma base nacional. Mesmo que Jeannine não pudesse ter sido curada, é possível que com um diagnóstico correto, meses de dor no final da sua vida tivessem sido evitados”, declarou Jill Davies, advogada da família.
Após a divulgação do inquérito, Roger Stedman, diretor-médico do Sandwell and West Birmingham Hospitais NHS Trust, confessou a falha no diagnóstico.
"Nossas investigações indicam que uma ressonância magnética em Jeannine deveria ter sido realizada, após uma laparoscopia realizada em fevereiro de 2012. Estamos verdadeiramente arrependidos. É claro que o tratamento apropriado teria antecipado a data do diagnóstico e teria impedido a dor e o sofrimento. Infelizmente, parece que o câncer de Jeannine já estava em um estágio que não teria sido curável", afirmou.
Extra
Lamentável isto, já perdi dois tios por causa desta doença. No primeiro caso, meu tio mais novo, com apenas 38 anos. Teve que repetir diversas e diversas vezes alguns exames, por conta da negligencia médica, e a demora em darem logo um diagnóstico. Quand realmente resolveram tratar do caso, já era tarde de mais.
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